Ateísmo = (Sofisma + Altivez) – Parte V (Deus não tem sentido)
Para quem quiser saber o que significam as variáveis, sofisma e Altivez, basta ler os posts Parte I e Parte II do mesmo assunto.
Vamos ao assunto:
O Resumo do argumento de que Deus não tem sentido, é que a palavra “Deus” é tão vaga e ambígua, que não se refere a uma única coisa. Segundo os defensores desse argumento, ser for perguntado a um hindu o que é Deus, e ele lhe dirá algo completamente diverso do que diria um cristão, porque não há dois “Deuses” exatamente iguais. Com isso os Ateístas chegam a conclusão que nosso Deus todo poderoso deve ser descartado, simplesmente porque ele não significa nada para quem diz que ele existe.
A maioria dos que se dizem ateus, não sabem disso, pois são ateus simplesmente por modismo, mas esse argumento é chamado de ateísmo lingüístico.
Significa que, já que “Deus” é supostamente um termo sem sentido, não se pode acreditar validamente em Deus mais que se poderia acreditar em, digamos, “Elfos” e “Smurfs”.
O Sofisma desse argumento está por exemplo na ideia da existência de “um limão verde”. Essa afirmação é tão vaga e ambígua que não se refere a uma coisa única .
Ora bolas, porque digo isso? Simples, pergunte à um sujeito o que é uma limão verde, e ele apontará para uma fruta de um formato particular e um verde particular segundo seus conceitos; ao passo que um outro sujeito apontará para uma fruta com um matiz diferente de verde e já que não existem limões perfeitamente iguais com um formato diferente também. Logo, a existência de uma “limão verde” deve ser descartada, pois não significa nada dizer que existe tal fruta.
Isso pode ser apontado para outras áreas como política, futebol e beleza, afinal de contas isso depende do pondo de vista de cada um.
A Altivez desse argumento fica claro quando se diz que a palavra “Deus” é, se vista sem maiores definições, muito vaga e ambígua para significar alguma coisa.
Mas esse argumento é fundamentado num equívoco muito sutil e baseado num sofisma muito bem maquiado: ele diz que, uma vez que o termo muito genérico “Deus” não tem um significado suficientemente preciso, nada que possa ser chamado de Deus pode realmente existir.
Mas como sempre, é apenas uma maquiagem da mentira, pois, é inteiramente possível ter definições específicas de Deus, que realmente fazem sentido , se você quiser parar para pensar é claro. Vamos aos exemplos:
- Os hindus por exemplo têm uma definição específica de Deus;
- Os cristãos têm outra;
- Os judeus, outra.
E assim por diante…
Tudo o que a ambiguidade do termo genérico “Deus” significa é que um ateu, em vez de falar de “qualquer Deus”, deve lidar com concepções individuais de Deus.
A única conclusão que poderíamos chegar com esse argumento é defender a visão espírita por exemplo, que diz que todos os caminhos podem levar a Deus. Essas concepções particulares podem certamente ter sentido próprio, e ser, por conseqüência, imunes ao desafio do “ateísmo lingüístico”.
Acho que é isso, Sem mas, e chega de algaravias!
Abraços!